segunda-feira, 18 de abril de 2016

O Leilão (Parte II )


Completamente ensandecida, querendo esse gozo separo meus lábios vaginais, pincelo os dedos ensaboados, fecho os olhos, ninguém vai saber dessa desobediência, me sinto completamente encharcada, mas eu saberei que desobedeci, e isso será o pior, uma ordem de meu Dono sempre será seguida, me levanto acabo meu banho, me seco a maciez da tolha acariciando meu corpo, visto o roupão, tenho roupa para passar, vou ocupar meu tempo.
         Hora do almoço, salada, peito de frango e legumes, me sento para assistir televisão, passar o tempo, a caixa ao meu lado, a curiosidade me corrói inteira, a hora não passa, sinto calor, sinto frio a ansiedade toma conta de mim. Mão pousada sobre a caixa doida para abrir. Deito cochilo um pouco, 18 horas ansiedade a mil, coração disparado, banho, preciso de um banho.
         Trinta minutos de chuveiro, a água correndo por meu corpo me acalma, sento para secar o cabelo, faço a maquiagem, cuidadosa, assim o tempo passa, coloco o perfume, calço as sandálias prata, pronta, nua caminho pela casa, 19:59 coração saindo pela boca, caixa no colo, abro o laço azul, tiro a tampa embrulhado em papel de seda um fino vestido creme, simples de alças, decote acentuado nas costas, visto o vestido sobre a pele nua, meus bicos eriçados marcam o tecido. Olho com cuidado a caixa, uma outra está por baixo, abro uma coleira toda cromada, da largura do meu dedo, um fecho de encaixe e uma argola.
         De frente para o espelho a coloco, salta aos olhos, gosto do que vejo. Quase a hora marcada pelo Dono, não quero me atrasar, sei o tempo exato para chegar lá, dobro a esquina no mesmo instante em que vejo o carro de meu Dono, porta aberta, entro no carro cuidadosamente, não quero estar com meu vestido amassado. Um beijo de meu Dono, uma mordida em meu lábio inferior acende a fogueira dentro de mim, sua mão acaricia minha coxa deslizando a maciez do vestido nela.
         O ar condicionado do carro está mais frio do que o normal e virado para mim, o frio mantém meus bicos marcando o tecido. Percebo que Dono me aprecia com o canto do olho; em pouco tempo chegamos a uma casa, o portão aberto, nosso carro entra direto, portão se fecha. Sentada espero o comando de meu Dono, ele abre a porta, me estende a mão para que eu saia mas ele não se afasta para me dar passagem, meu corpo cola no dele, sua mão envolve minha cintura e sua boca busca a minha, um beijo longo, molhado, sinto seu membro contra minha coxa, busco me esfregar nele, então meus olhos são cobertos por uma venda.
Sou conduzida por meu Dono, passos cambaleantes, o piso irregular dificulta andar de salto, ainda mais sem o sentido da visão, mas ando procurando estar o mais esbelta possível, confio nele e não quero decepcioná-lo nunca.
Ouço uma porta se abrir, não sei onde estou apenas a escuridão me envolve, percebo que o ambiente é climatizado, o frio mantendo meus bicos eriçados.
Dono me posiciona em determinado local. Tento identificar algum som à volta, silêncio absoluto, onde estou? O que me espera? Respiração acelerada, pele arrepiada, meu estomago dá voltas, lembro da ordem de refeições frugais. Então ouço a voz de meu Dono.

- Boa noite a todos e todas, quero lhe apresentar W que hoje...


Nenhum comentário:

Postar um comentário